segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Lábios de chuva

Os lábios são os caminhantes
De sussuro na cascata
que é teu pescoço.
Lentamente descaio
em alvoroço.
Sinto-me húmido
de teu tão fértil símbolo
de frescura.
Molho-me.
Banho-me.
Enquanto lábio a lábio
te desaperto a infinita
nascente.
Nascemos de prazer.
Transformamo-nos em água.
Voltando em chuva
para alimentar
a queda que temos
para esse pescoço
de meus lábios beber.

VAz Dias

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