segunda-feira, 4 de junho de 2018

A Subjectiva

Ah a sorte, essa subjectiva.
Essa senhora
Que se coloca altiva
E dona do tempo
Que os outros
Lhe concedem.
A que é azarada
Se for mulher
Doutro ou doutra.
Nunca é neutra
Ou assim assim.
Ou é ou não é.
Pão sem sal
Não é azar ou
Sorte.
É fome que se engana.
Mas sorte é não ter
Sal... emagrece.
Mas o pão é azar
De tão amassado
P'lo diabo.
- Oh diabo!
Aqui há prato
De mão mal amanhada
Ou sorte
De lá uma pobre boca
Se fazer alimentada! -
O lado da sorte
Que azar esconde
Com o infortúnio
Que a lotaria
Trouxe ao pobre.
Prémio de arregalar
Os olhos
E perdê-lo em tantos
Nadas.
E a meretriz é a que
Nos olhos
Era nossa companheira
Ou uma interesseira
Que afinal,
Afinal por azar
Era amada
E a sorte, essa subjectiva
De novo era recuperada.
VAz Dias
#palavradejorge

Sem comentários:

Enviar um comentário