quinta-feira, 9 de maio de 2019

A leste de um poema

Massagei-te o ego.
Era a epiderme em
inúmeras camadas
até chegar à alma.
Mas como em medicina oriental experimentava chegar à raíz,
ao teu núcleo,
como amante das belezas
que não se vêem.
Da beleza que me faz adivinhar
tudo o que é perecível
como o corpo,
a juventude
e a beleza dessa juventude.
Mas só dá para sempre
se massajarmos o amor
com prazer de ali flutuarmos
num Sempre.
Lembra-te que um poeta
pode ser as palavras de um outro homem.
As tuas escondidas num espelho
que anseia a tua felicidade
ou os sonhos que se deitam
na tua almofada contigo.
Há amor nas palavras
como no Sempre!

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