quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Chama velada

Saberás dele
mais do que a palavra.
No seu olhar
reside o teu.
Nunca te dirá o que ama.
Por quem se desarma.

Mas tê-lo-ás a espaços.
Em todos os seus silêncios.
Em todos os pequenos
futuros desaparecidos.

Terás a verdade inteira.
E a chama
que em vela, cêra derrama,
como o tempo
que ao fim se chama.

Tu és quem em silêncio
e no arder duma chama
ele verdadeiramente ama.

Vaz Dias

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