segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Areia de praia em brisas

Segurei-te em côncava mão.
Não queria que
seguisses noutras brisas.
Queria-te por perto,
o mais perto possível
do coração.
Não queria que por entre
os dedos me escorregasses
por desleixada atenção.
E por muito que ali te
detivesses,
não era ali que te guardarias.
Escorregaste.
Fugiste.
Voaste!
Areia de praia em brisas,
não te semeaste em amor
na minha mão.
Não foste feita para estar
nem precisas.
Foste te libertando no tempo.
Lentamente.
Tão somente...
De grão em grão...
Em grão...

Vaz Dias


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