segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Teus olhos, claro!

Olhas-me de olhos claros.
Tão claros como dos
meus olhas.
Tão claros como vidro
de espelho que refletem
o que de claros os meus
prometem.
Admiras-te da parecência
na claridade dos olhos
e na comungada
aparência.
Tremes o que treme
quem te olha.
Porque é claro
que do mesmo olhar
o teu do meu,
também de alegria
colhe!
Vou-me embora.
Refletes-me demais
o que o dia me quer
e a noite chora.
Vou-me embora.
Esconder-me, claro,
em ti,
no olhar
e no adiantado da hora.

Vaz Dias

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