terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Fomos. Em chuva molhada.

Um nada.
Um tudo do que poderia
ter sido.
Um nada para ter
sido tudo.
Um tudo.
De silêncio em dia
de inverno.
Chora a chuva,
quase surda molhada.
Em surdina,
ainda menos.
Nada.
Para lá da nortada,
vem o vento,
quase mudo.
De lembranças.
Tudo.
Contudo,
das nossas quentes
e íntimas jornadas;
das nossas promessas,
eternas e veladas,
ficaram pelo tempo,
levadas.
Almas de águas
lavadas.
Lágrimas contidas,
lá no fundo fechadas.
Fomos...
Fomos nada.
Um tudo nada...
Tudo!

Vaz Dias

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