quarta-feira, 4 de março de 2015

Juntos a sós...

Nunca seríamos.
Cúmplices seriam
apenas os nossos corpos.
Nunca to tomaria por inteiro.
Na sua raíz o coração
desfaleceria.
E eu já não tenho mais de condão
para essa alegria.
Te perderia.
Quero o teu corpo
mas ele rejeita-me
porque o teu coração,
atraiçoando-nos,
mais me deseja.
Então não quero o prazer.
E o desprazer de te perder.
Ficamos vestidos
de nossos corpos,
sobrevivendo dos nossos fracos e
menores órgãos.
A sós e juntos
como quem esteja,
sem que se deseje
nem se ame.
Juntos a sós...

Vaz Dias

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