sexta-feira, 11 de março de 2016

Sempre que desviava o olhar

Cada vez que desistia
Ganhava-se na crença
De nela ficar.
Não era ela melhor
Nem a perfeição
De um sonho.
Ele era real
Imperfeitamente
Amante dela
E da impossibilidade
Dos mundos alheios.
Cada vez que olhava
Desviava o olhar.
Sorria mas desviava
O olhar.
Descobria que quando
O fazia
Encontrava lá nesse lugar
Um sonho.
Tão imperfeito
Quanto real.
De quantas vezes tinha sorrido
Para lá se realizar.
Voltava sempre ao ponto
De partida.
Ele era chegada
E ela aos mundos
Partida.
Ao seu mundo
Achada...
Como num sonho...
Amada.


VAz Dias

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