sábado, 16 de julho de 2016

Insana cidade

Insano sou eu
Pelo que a cidade
Me faz.
Me cobra.
Me desfaz e ainda assim
Lá calcorreio
As ruas nuas
De gente como tu.
E até tu lá não estás.
Despidas e de luzes
Intermitentes.
Apenas eu estou presente.
Insano e dormente.
E também intermitente.
Mais vivo do que muita gente.
Sou o único louco
Das ruas
Por teu castigo.
Por por lá, tantas vezes,
Perder-te.
Presente envenenado
De tanto de ti
Sem lá estares presente.
Insano sou eu.
Sem ti.
Repetente.
Repelente de gente da minha laia.
Cobaia da perdição.
Repetente.

VAz Dias

#palavradejorge

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