segunda-feira, 7 de novembro de 2016

A falácia de amizade

A amizade entre homem e mulher é sempre sonegada por uma das partes no futuro. Ainda que nesse, provável distante futuro se encontrem, ele terá sido por uma necessidade duma dessas partes por outro amor que já tenha partido. Há poucos os que mantêm amizades durante a passagem pelo amor. Fica para a ocasião, a necessidade ou o "olá" de passagem.
Amizade que teve sempre por base uma impossibilidade física de se concretizar. Uma dessas partes nunca devolveu à outra o desejo do amor. É um quase-amor que resiste ao tempo quando o amor parte da relação dos outros dois.
Ela ficou mesmo quando a outra voltou, porque foi preenchida com só um amor e o contexto da outra parte.
A amizade é uma falácia entre duas pessoas de sexo oposto e heterosexuais. Só é menos porque também houve uma energia sexual que foi utilizada. Ou porque foi experimentada ou reprimida. É uma invenção da inteligência à qual um outro animal nem sequer compreende. Ele actuou mediante o instinto. Sem subterfúgios nem razões secundárias.
A amizade é secundária quando o amor chega, e as amizades do mesmo sexo ficam como substituição. Como moeda de troca. Como alimento secreto do que é o passado e provável futuro no imediato.
Apenas somos amigos porque as pessoas vão voltando. Sempre cá estivemos.

VAz Dias

#palavradejorge

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