quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Cassete Tirada


É pungente
Esta tormenta
De ser escrivão
Da minha insuficiente
Mão
De tanto acontecimento.
Tu aí não estás
E eu não sei o que
Faço.
Traço linhas ao calhas
E a cada arrependimento
Escrevo mais
Para surgires.
Peço que fiques
Ao nada
Enquanto pela calada
Vou sendo feliz.
É quase triste
Mas não posso viver
Com a fita esticada
Sem que ela toque
Ou me toque rebobinada.
Escrevo na cassete
Aquele nome
Que o tempo
Em cada de repente
Esconde.
Para aonde fomos?
Chegámos a ser
Destino?

VAz Dias
#palavradejorge

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