quarta-feira, 4 de abril de 2018

Destino, Amanhã

Hoje saí de mim.
Daqui.
Desta rotina.
Disto tudo
O que me prende
A mim.
Sair fora
Para me ver de fora.
Fui nas luzes
Que aceleravam
Para trás.
Retrivisor de contar
Outras histórias.
Marcas tracejadas
Como de filme passando.
Tu ou quem quer
Que fosse o destino
Seriam sempre me encontrar.
Egoísmo de nos
Encontrarmos nos outros.
E ficar?
E fazer o mesmo?
E ir padecendo.
É aventura perdida.
É a tenacidade esbanjada.
É a carne putrefacta.
O espírito obrigou-me
A cem datas
Todas infinitas
E em erratas.
Muda agora.
Volta de novo.
Ser feliz é ficar
Onde quisermos.
Mesmo se formos
Apenas ficando.
Fui-me chegando
E no entanto
Não me encontrei.
Nem mais além
Nem em mim
D'outrém.
Viajei
Com palavras
Que passavam
Fugindo para trás.
Um baque na alma
A cada vez.
Tento não ter tento.
Chego lento
Ou amanhã.
Ah... há sempre o
Amanhã!
Tento.

VAz Dias
#palavradejorge

Sem comentários:

Enviar um comentário