sábado, 5 de maio de 2018

À Mãe


E passado este tempo
Todo
Ainda és mãe.
Este ainda existe
Na verdade que foste.
Ou uma realidade
À parte
Como tu foste.
Fomos.
E seremos sempre.
Mesmo quando eu não fôr
Mais,
A tua existência
Terá comprovado a minha.
Tu terás sido
Para ainda ser
E eu uma bênção
De apenas ser isto.
Parte de um todo
Duma natureza
E de um conto.

Sou um poema
E tu o Ponto.
De partida
E do meu final.
Para sempre existires.
Obrigado
Por teres sido
A mãe menos
Normal
De um poeta
Menos poeta do que tu.
Cá em casa
Tudo normal!

Veste de novo a tua
Roupa espampanante
De cores
E flores
Do futuro.
Saíste muito cedo
À rua
E ainda mais cedo
De cena.
Os outros andavam
A fingir
No palco que era teu.
Saíste muito cedo
Para se dizer o teu nome
As vezes suficientes
Também
Como mãe.

Não tivemos tempo
Para eu ter perceber imortal.
Um dia quando eu já
Não fôr de mim
Terei sido sempre
Teu natal.
De ti.
Teu.
À Mãe!

VAz Dias
#palavradejorge

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