sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Por outras palavras

Por outras palavras
Se deve um monção
De vales e afluentes
De significativa
Gente
Que passa pela gente
E garante que nada
É nosso
Ou se faz
Passar por nosso.
Como posso
Agora por outras
Palavras
Assumir que nada
Posso fazer senão
Permanecer
Nesta natureza
Que me faz ir.
Volto quando for
Altura
Ou tiver estatura
Moral para ser
Incólume.
Colo-me ao melhor
De mim
Ou ao raio que isso
Signifique.
Divagar é de letra
Encontrar é a palavra.
Ah amantes que
Se desenham por si
Em telas!
E é vê-las a sucumbirem
De falta de jeito.
Ou esperando
O príncipe perfeito.
Ou não ser
O instigador dos
Amores imperfeitos.
Bem me quer
De mal me quer
À raíz
Do que está à flor
Da pele.
A vontade que impele
A descobrir
O que ainda
Falta
Do humanismo
E falta de rima.
A primeira vez
Que escrevi
Doía-me mais a mão
Do que a falta de jeito.
Quer para o parapeito
Da sua graça
Quer pela vontade
De lhe saltar
Em cima.
Ou a graça
Que me consigna
A tal.
Mal por mal
Vai disto
Ou galanteio
Por outras palavras.
Ou palavras
Parvas que se juntam
Neste nosso bailarico
De convívio
Que agora somos.
Dignidade
É coisa de ócio
Para quem possa
Ou não se importe.
Seja o espírito
Tão forte
Como nervo.
Por outras palavras...
Escrevo.

VAz Dias
#palavradejorge

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