terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Sou o amor de todos

não são essas
caras todas
nem esses corpos
mais ou menos
lascivos.
nem tão pouco
a variedade
que este mundo
oferece em espécies
à nossa animalidade.
é a humanidade
que me resta
desse amor
contínuo
por tudo
o que mexe
com vida
e beleza mundana.
mesmo
as coisas
inertes
que me fazem movimento
na letra
e na palavra.
que forma cantilena
e me agarra
à aventura
de continuamente
me perder
na rua
dos outros.
eu sou rua
e movimento
a rodos
e no silêncio
sou todos.
e amo o mundo
que me ama tão
pouco num(a) só.
somente
tudo em todos
até ficar só
e morrer de novo.

(antes morrer de novo
do que morrer
de velho)

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