segunda-feira, 23 de março de 2020

olhos.
olho-os.
compasso
que se faz
arrastado
amarrado
ao regaço
do disparo.
mato-me de conexões
intra-nomininais
intra-anónimas
intra-nossa-parodoxais.
rechaço
traço uma meta.
cabelo cometa
que deixa a porta
ligeiramente entreaberta
à nossa intra-descoberta
e a ela
se fazer mais.
bebo um chá de gengibre
para o pleonasmo.
arritmia
já não sentia o sono assim
tão sonho-musculado/mascavado.
baixo-me e oiço tudo
do que os teus olhos dizem.
eu não estou contemplado
sou um cidadão acoplado
à certidão do nosso
desconhecimento.
ardem-me os olhos
do cloro
que decoro nos
versos que deixaste em
meu nome
na minha mão
na minha cabeceira/cabeça
a mais.
se fosse cego não
te tocava.
deixava as luzes
do teu momento
fazerem-se talento.
linguagem gestual
como braços no lago
ressoando ondas
como as sonoras
e as nossas horas
fora de tempo.
toco-te com pestanas
postiças
por me fazerem verdadeiro
em ti.
tocas-me com mãos delicadas
de um presente
a 1000 pés de profundidade.
lá não se ouve nada.
peixe-espada corta-alga
e algo para nós
sorvermos
antes dum beijo alva
na palma da mão
lavada.
sou teu se me quiseres
mariposa nadar.
concha.
beijo.
macho.
salga e mar-mulher
filtrar.
beija-me os olhos
invisualmente belos
ao teu olhar.



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