sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Subtilezas em quarto nosso

É o sopro morno que leva a dor.
O suave sopro que como ave
passa a asa em costas agudizadas
Deita-te! Não demora nada.
Eu serei asa, sopro e água.
As mãos a asa.
O coração o sopro.
A dor curada, a água que tudo leva e lava.
Remeto os lábios para oportuna demanda.
Os cabelos teus cheiram a lavanda,
natureza que repousa nas costas da mulher
que me comanda.
Vai a mão em repouso passeando o carinho.
Afaga a dor na sua palma devagarinho.
São asas que levarão a dor de caminho.
Até ao outro lado para lá ficar guardada.
Sim esse será o seu destino.
Guardo a líquida morada para o fim.
Banhar o corpo em quente água.
Beijar-te o corpo em todos os poros.
Com tempo.
Com carinho.
Desprovido de outra intenção
que não o teu bem-estar querido.
Querida ama-me as asas,
que num sopro repentino
te levem as dores por troca
de um só pequeno mimo.
Adormece em paz nesta terna conchinha. Comigo.

VAz Dias

‪#‎palavradejorge‬

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