sexta-feira, 9 de junho de 2017

A tua curva

Não quis te oferecer
Um poema normal.
Sabendo que ainda
Assim
És simples e de poucos
Rodeios.
Mas tudo em ti
Já é natural
Para te oferecer
As palavras que não se
Esperam fáceis.
Acolhes no seio
O poema que te alcança
Sem freio
As palavras que se deixassem
Ser
Seriam as do epíteto
Da mulher.
Da glorificação desse teu
Ser.
São as palavras que se
Amassem
Seria poema
De te enaltecer.
Apenas é uma lembrança
Do que tu me fazes
Perceber.
A complexidade das voltas
De um mundo
Que para ti é redondo
E sem muito mais
Do que isso
Para perceber.
Sou as voltas
E os retornos
Ao que tu mantiveste
Sereno e passageiro.
Sou passageiro
Em finais de entardecer.
És o horizonte
Onde a volta
Que te busco
Volta sempre a ti.
À curva de ti.
À volta de te
Ter.
Simples são as voltas
Quando tu me
Voltas
Para um mundo perceber.

VAz Dias

#palavradejorge

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