quinta-feira, 22 de junho de 2017

Ar(de) passado

Acalma-se o vento.
Ar com que tudo
Se rebente.
Fogo intermitente
Que nos queima a memória
E o futuro presente.
Quem é de amor
Não se sente
Quando puxa esse vento
Que arde
Descontentamento.
Reza a impaciência.
Sorri a conveniência.
Mas ar é boca calada
No ouvido
Dormente.
Demente vem aquele
Gritar para a rua
Sem voz.
Grita que ama
E ninguém o ouve.
Tempo houve que era escutado.
Arderam os amores
Que no ar se esgotaram
De tanto os ter respirado.
Ah! e o fogo
Que ardeu com a terra
Desse desafortunado.

VAz Dias

#palavradejorge

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