sábado, 3 de junho de 2017

Quatro Invernos

Receio parar de te
Escrever.
De seres a âncora
Que foste em mar
Bravio
E eu parar
De ter que escrever.
Escrever à escrita.
Escrever à poesia
Como devia ter
Sido dita.
Veio o tempo
Pacífico
E o vento seguiu.
Se calhar nunca ficarei
No frio
Mas este poema
É chama que vento
Derreteu no pavio.
Ficou calor
Do verão do meu
Contentamento.
Quatro invernos
Para o quinto verão.
Veio o tempo
Que seguiu
No vento
Do sopro
Deste coração.
Contentamento
E este senão...
Receio parar de te escrever
Para sempre
Minha acompanhada
Solidão.

VAz Dias

#palavradejorge

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