quinta-feira, 25 de abril de 2019

Vento d'Este

Mantenho a pergunta pelo tempo dependurado.
Faz a vontade de estar o poema
ou o poema faz querer estar?
E assim num eterno retorno
se debate o pragmático.
Mas o tonto,
mascara-se de poeta
e apaixonado por tudo.
Vê no espinho e no silêncio da rosa
a razão de ir e voltar.
Há poema mais belo que a flora
que existe para além da contemplação? Contudo contemplo.
E a beleza reside em ti
para além da pétala,
ou do caule
ou do espinho que defende o interior. Vem o vento e despe.
Vem o intento e despede-se o vento. Venho pelo vento,
venho pelo vento.

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