quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Abdico

Abdico.
Abdico do jogo como sempre o fiz.
Nunca julguei que fosse bom para ninguém.
De que vale a pena, se fica a sensação que nesse jogo de sedução, a ganhar, apenas um dos lados leva de vencido um outro?
Abdico.
Deixo de ir a jogo mal sinto que o outro assim o deseja. Sabe-se lá porque raio o faz! Por conforto? Por excitação? Por poder?
Sim. Julgo que mais vezes pelo poder. A supremacia sobre o "próximo". Apenas julgo despropositado. Tanto jeito maquievélico. Tanto trejeito e truque. Quem mais procura ter esse poder mais me parece por dele necessitar.
Será pelas "perdas" passadas? Será que a dor seja a regra do jogo para o próximo?
Abdico.
Sim abdico. Todos temos uma história. Um passado. E dores. Mas ninguém morreu de amores e ganhar-me é bem mais confortável um dia, excitante todos os dias e um poder partilhado para sempre. Ganhar-me é tão mais diferente do que ganhar um jogo por isso...
Abdico.
Perco? Talvez. O tempo.
Ganho sempre. A paz.
E a oportunidade de fazer alguém feliz.
Ganharmos os dois e perdermo-nos um no outro. Tão imperfeitamente quanto possível!

VAz Dias

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