quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Corpo da Palavra

Imagino a palavra como
Corpo.
O teu
Onde me debruço.
És mais bela
Do que as fotos
Que em ti procuro.
És menos irreal
Do que elas.
És mais bela.
Porque a cada segundo
Um espasmo
Em mim
Alvitras.
Evitas ser tão
Anatomicamente
Aceitável
À minha torrente.
Mas és corpo à minha
Palavra
E eu corpo sou
Que não se impede
Ou trava.
Escrevo-te porque
Não faço amor
Contigo doutra forma.
Nunca morreste.
Ganhaste
Num desejo
Nova alma.
Palavra de poeta
Se isso de alguma
Coisa te valha.

VAz Dias

#palavradejorge

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