domingo, 26 de fevereiro de 2017

Verteu num mar...

Quanto vale a liberdade
Se não houver
Ninguém para amar?
Corremos um mundo
Doutro mundo corrido.
Saboreamos o veneno
Em que ele terá
Caído.

Vale a liberdade de um
Homem nunca vergado.

De um homem
Sem ser impositor,
Ser nessa demanda
Cada vez mais só,
Destemido.

Vale a solidão.
Veneno que se cospe
E a hipocrisia desses escravos
- dessas impostoras! -
E destemor que se leva na
Palma da mão,
Colhido.

Cai-me a lágrima
Por não cerrar o punho.
Jorra mais
O mar da humilhação
A que o mundo
Se afoga.
Fico secando o
Que na barba
(Veneno,
Lágrima ou outro
Excedente)
Terá vertido.

Só, num mar imenso
Do que poderia ter sido.

VAz Dias

#palavradejorge

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