quarta-feira, 21 de maio de 2014

Voz desmaiada


Prende-se-me na voz
como rosa desmaiada,
de caule perfurante.
A garganta tomada.
De beleza morta,
como defunta me deixaste a palavra.
Assim, desmaiada.
Que me ensanguenta a boca.
Assassina que maltrata,
a beleza que morre.
Que desmaia.
Me mata...incolor.
Desmaia,
morre!
Sem beleza.
Morre!
Rápida e indolor.

Vaz Dias

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