sábado, 17 de setembro de 2016

Quando deixar

E quando deixar de sentir
Tão profundamente
Saberei que um fim
Terá chegado.
E quando me desagarrar
Do que para os outros
É pueril
Em mim uma nova
Vontade nascerá.
Morrerei apenas
Para renascer...
As vezes necessárias
Antes de à terra me entregar.
Quando souber amar
Mais a alma ao céu se elevará
Pois a carne cá
Já terá amado a intensidade.
Recolherei aos meus aposentos,
Aos vossos intentos
E todas as palavras ao vento
Ainda antes de me dissipar.
Mas amem-me pelo menos
Com a força de um sopro
Que me faça cair
No esquecimento das nossas
Desavenças
E no leito da vossa lembrança.
Essa é a minha esperança.
Pequena
Mas com a força
De quem sabe morrer.

VAz Dias

#palavradejorge

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