quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Buarkisses

sentado junto ao rio
que desliza a jusante.
(como justo é o curso
para a foz).
como estando parado
desando para trás
enquanto o curso
do rio fosse um de nós.
de onde vim
e todas aquelas
pequenas dádivas
enjeitadas por tantas
me encontrasse em ti
a mesma voz.
a que oferece e em
abundância.
regalar sem compromisso.
um exercício
da inocência perdida
e de rios que correm
de volta
para a montanha.
seguir contigo
é desaguar,
encontrar-te
e ser nascente
lavado de pecado original
e da versão.
das versões.
dos verões em que não
sabíamos poder sofrer
que rapidamente
chegam os próximos
e destes outonos
que nos despem
com mais esperança
no tempo que corrre
tão mais célere
como eu afavelmente
parado
neste rio que me faz correr
para trás.
trazes-me isto.
atrás mas desaguando
em novos mares.
palavras com 55 porcento
de água
da meia idade
e 45 porcento que lavam
dos pecados.
os restantes são rio
que corre
connosco parados.

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