domingo, 2 de novembro de 2014

Perco-me há uma eternidade

perco-te por horas.
perco-te pela soma
dos minutos de espera.
mas não espero horas.
espero somados minutos.
desespero na multiplicação
dos segundos.
mas nunca te espero horas.
é no largo tempo
que não estamos.
é na extensão dele
que nos reformulamos.
mas em cada hora nova
uma novidade de nós
cresce no outro após
a imensidão que encontrámos
no último apronto.
mas não te espero horas!
foi desta eternidade tornada
que agora secretamente te encontro.

Vaz Dias

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