sábado, 27 de dezembro de 2014

Voluptuoso Mar

Não sei como combater
esses vossos silêncios.
E se algum vez descobri
como o fazer,
cansei-me de tão
hercúlea empresa.
Não me prendo a esses convénios
de diálogos mudos,
recheado de argumentos
calados e palavra presa.
Não me interessa!
Ou pelo menos refuto
essa vossa intransigência.
Não tenho paciência!
Nem de amor inundado
pode um homem
bracejar em tão voluptuoso
mar.
Tanto rodeio
confunde o energúmeno
homem que tem de repensar.
A inteligência que necessita
esgota-se em apenas uma volta.
Tanto rodeio
e a estupidez em si brota.
Talvez a ignorância
seja o caminho
que ao sexo oposto convém.
Meio animal e meio homem,
meia inteligência
e meio desdém.
Sejamos totalmente
cretinos
pois bem.
E em silêncio também.
Como convém.

Vaz Dias



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