terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Pel'alma

Sinto a tua pele aqui.
Imaginei-a sim.
Mas sentia-a de dentro para fora.
Como se pele fosse cobertura de aura.
Como se alma fosse presença.
Só a conheço.
E tudo é só
O que de ti tenho.
Assim me convenço.
Sou cego. Não te vejo cara.
Sou rico. Sem te ver a face.
Só encosto a cara
À pele da tua alma.
E a ti o meu mundo
Declarasse!
A minha alma arrepiou-se
De pele desejado.
Encostaste e tua à minha.
Abraço-te enquanto
Aqui te encostas a meu lado.
Pele com pele
Contigo acompanhado.

Vaz Dias

Sem comentários:

Enviar um comentário