domingo, 22 de maio de 2016

Atiro a terra à parede!

Atiro a terra à parede!
Grito sujidade
e impurezas
que me secam por dentro.
Tusso e cuspo
o veneno de mel
que me encomendaram.
Sou terra engolida
em crença.
Germinada em diferença
foi a confiança.
Esperança empoeirada.
Sufoco em lama.
Cuspo muros e atiro
a terra à parede.
Só a barreira que me impede
do que em mim implode.
À cinza se resolve
e se morre.
Arda a terra
e a sujidade se limpe
com o que lá de cima chove.


VAz Dias

‪#‎palavradejorge‬

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