quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Chá quente, coração ouvinte

Se pudesse roubar-te
Para a liberdade
Por esse infinito
Que um chá ferve.
Tudo o que o tempo
Nos deve
E que a atenção
Nos pede.
Tenho saudades
De sentir o que és.
Mas amo mais
No que me tornei.
Nunca poderei ser aquele
Miúdo.
Nunca se volta ao amor
Que mudou tudo.
E demos voltas ao sol
Sem nos vermos
Até o dia se lembrar
De nós.
Conta-me tudo
Enquanto te dou ouvidos.
Faremos os segundos
Perdidos
Ser infinitos
Em chá que nos acompanha.
Traga-se
Enquanto a vontade
Se embrenha.
Tenho saudade
Do que daí
Ainda venha.

VAz Dias

#palavradejorge

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