domingo, 29 de janeiro de 2017

Rei de manto rasgado. Cavalo branco.

Porque me fizeste
Isto poesia?
Porque entraste
Retumbante
E de repente
Com repulsa me desnudaste
Em frente de toda
A gente?
Agora estou nu
Do que naqueles
Instantes
Era para nós a paixão
Em viagem
Cavalgante para o amor.
E a tua poesia
Abandonou-se-nos
E armadilhou
O passo que me fez
Cair desse cavalo
Branco.
Esse intrépido esperançoso
Que não tem amarras
E é do mato
E depois das clareiras.
Caí de quatro
Sem beira.
Chapado e nu.
Vergonha
De ter acreditado em tudo.
Isto sou
Eu mudo.
Chorando no chão
Todas as dores de um mundo.
A culpa não é de ninguém.
É dessa paixão
De beleza equídea
Que nos leva sem destemor.
Que te levava nua
De seio belo e firme
Como a vontade de irmos.
Findos são os seus
Intentos
Quando lhe apetece
Brincar com os nossos
Destinos.
Ficámos a meio
De tantos destinos.
Éramos
A viagem cavalgante
De juntos irmos.
Destino...

VAz Dias

#palavradejorge

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