sexta-feira, 17 de março de 2017

Pela Calada

Se soubesses a energia
Inesgotável que produzo
Perceberias o quão
Encantador sou
Para além das tuas recusas.
Samaritana de silêncios, és,
Por achares
Lhes fazer algum obséquio.
Imagina-te muda
E eu sorridente.
Um quadro conivente
Ao absurdo desses momentos.
Sabias que não és única?
Não sabia eu
Que o molde multiplicava
Ruidosamente.
Tanta energia
Para boca calada.
Desperdício é fechá-la
E um dia a querer
Mecanizar.
Não é a mandíbula.
É a vontade.
E eu fiquei com a vossa
Por toda a parte.
Vou bradar aos céus
Só pela metade
Do dobro do que se
Reservam em silêncio.
Eu falo o que penso.
Não penso
Como me calo.
Ou falo.
Falo grande e grosso.
Um prazer desse sentido.
Convicto!
Alto e doce.
Alvoroço!

VAz Dias

#palavradejorge

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