sábado, 10 de dezembro de 2016

Silêncios de mim VII

Desequilibrei-me.
Rendi-me à impertinência
Dos movimentos
Que não controlo.
Canso-me
E revolto-me.
Mas sou pedra.
E rolo
Mas não quebro.
Desequilibrei-me
Para gritar agora em silêncio.
Morreu um dos meus
Mesmo não conhecendo.
E mantive-me sólido.
Somos um dos outros
Mesmo não sendo seus.
Desequilibrei-me
Por ter ponto de equilíbrio.
Por conhecê-lo.
Voltarei.
Amanhã.
Hoje sou humano.
Amanhã serei pedra de novo.
Rolo neste silêncio
Para o outro lado.
A sós.
Solo.

VAz Dias

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