segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Silêncios de mim XXII

Estaremos próximos
Quanto menos
Nos querermos.
Apenas amor.
Partilha.
Esse será o nosso
Lugar.
O nosso tempo.
E quando morrermos
Nunca estivemos tão vivos
Como no que deixámos em diante.
Os filhos.
A bondade.
A herança disto tudo
Dos nossos antepassados.
Partilha.
Agarramo-nos às sensações
Para nos mantermos vivos
Porque isso é o nosso
Mais primitivo.
Eternidade é deixar de sentir pouco.
É serenar e deixar ir.
O medo que desaparece.
O caminho a que se obedece.
Jogamos ao destino
Mas a vida acontece.
Aceitamento.
Milagre.
Fecho os olhos agora.
E se morrer
Passei.
Sou vosso!
Sou nosso!
Somos
E não temos nada.
Conforto.
Deus.
Adeus
Até ao nosso reencontro!

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