domingo, 18 de dezembro de 2016

Silêncios de mim XVI

Venho a descobrir
Que o silêncio era teu.
Todas aquelas palavras
Amadas em boca fechada
Entupiam o coração.
Era pragmatismo fatal.
Um estigmatismo
De quem vê bem.
Ironias para tentar ser feliz.
Foste feliz?
O silêncio superou
Todas as palavras que poderiam
Ter sido partilhadas?
E agora amor
É comboio que passou.
Tão barulhento
Como lento
E que te deixou apeada
Esperando de novo o tempo.

Resolvi caminhar só,
Sendo a locomotiva
Que leva na carruagem tempo.
O meu maior feito.
Deixar de te amar
E encarrilar noutro destino.

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