domingo, 11 de dezembro de 2016

Silêncios de mim VIII

Ficas-me tão longe!
O exercício de aceitar o tempo
E a impossibilidade.
Tão acopolados,
Na realidade.
O tempo e a possibilidade.
E nós inexistentes
Enquanto existimos
Em conjunto
Numa parte.
Apartados em todo o tempo.
Um erro de destino?
Uma martirização?
Ou só isso.
Tempo e a paciência como seu
Exercício.
Impossível como sua concretização.
E o coração
E fé
E a nossa parte?
Que plasticidade
Me vi devotado.
Parece nunca ter acreditado.
Estou velho
Se não tenho amado.
Ficas longe e eu parado.
Vou dizer que te amo na mesma
Porque não chega a nenhum lado
E eu tenho de treinar
Para não esperar calado.
Amo-te na distância
E na cada vez maior inexistência
De estares a meu lado.

VAz Dias

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