quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Silêncios de mim V

É em ti,
Estranha que por aqui
Se fez surgir
De tão súbtil estrondo,
Que se faz este silêncio
Sepulcral.
Penso em ti
Como se tíveramos
Uma vida em conjunto,
Porém,
Eu ser o outro
É-te natural.
Seres de outros.
E não dele.
Aquele que odeias nos
Teus silêncios
Por tanto o quereres.
Não o amas.
É posse!
E a mim condenas
As mãos ao momento.
O toque para o futuro.
O beijo no olhar.
E fico aqui ciente
Que nada será nosso.
Porque não te quero
Como tu o queres.
Tenho-te mesmo que não queiras.
Tenho-te porque há um campo
De energia concentrada.
É nossa
E eu posso
Acreditar no que quiser.
Mas foi o teu beijo
Que deixou o querer.
O mesmo que lhe tens
E que espero que tenhas
Para trazer.
Não estou à tua espera
Mas sei que nos encontraremos.
Orbitamos um para o outro,
Como tudo o que tem
De ser.
É o que existe.
Devir.
Dever.

VAz Dias

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